15/03/2014

A fragilidade da distância


Num comovido texto que leio este Sábado enfim de Sol no suplemento cultural Babelia do jornal espanhol El Pais, Antonio Muñoz Molina a propósito da lápide funerária de Hannah Arend (Blucher), que há anos encontrou num pequeno cemitério a duas horas de comboio de Nova York, pertencente ao Bard College, escreve um texto magnífico, que é, no aparente imediato, sobre as oficiais trasladações dos despojos daqueles que a morte veio a ilustrar, a conveniente reparação da injustiça histórica, mas é, na sua essência sentimental - e quem o escreve confessa-se sob a «fragilidade sentimental do que viaja sozinho - um poema sobre quanto o longe morrer do local onde se nasceu é «um monumento mais expressivo do que qualquer inscrição».

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