18/03/2008

Dias silenciosos


Esta semana duas mortes conhecidas em que reparei, entre tantos mortos cujo anonimato são a razão da nossa indiferença. Talvez pela idade, ganhei consciência de que, enfim, é o tempo da nossa geração, começar a morrer. A degradação do corpo não perdoa, nem se apieda mesmo das almas grandes que deveriam estar isentas da lei usurária do tempo. Até aqui tenho tido a ilusão de que pela escrita perduramos. Nestes dias silenciosos, é como se já nem acreditasse na possibilidade de ser lido.