14/12/2010

O florir da vida


Surgido como se de um pesadelo, não é a ideia do fim mas do findar-se, o degradante exercício de como encontrar dignidade da indignificação que nos persegue, vindas das catacumbas das ruas, pelos jardins, nos confins dos nossos lares, no mais fundo dos nossos remorsos. Só o amor nascido nas cavernas do horror consegue dar ânimo e força para que não os rejeitemos, rejeitando-nos, enforcando-nos pela cobardia de desejarmos a beleza eterna, mesmo patética. A haver decência acabava tudo antes, no tempo em que a vida nos floria.