Um magnífico passeio de barco a partir de Oeiras, organizado pela empenhada associação cultural Espaço e Memória [ver aqui] permitiu ir ao encontro do Farol do Bugio, em rigor ao Forte de São Lourenço, em cuja circular se encontra a encimar uma torre.
Hoje não se exige a presença de faroleiro, sendo gerido remotamente.
Houve tempos em que teve vasta guarnição militar e serviu como prisão, tal como o sinistro forte de São Julião da Barra, de triste lembrança.
A visita foi, pois, ao forte que se encontra num lamentável estado de degradação.
Mas a própria torre do farol está a desmoronar. Ampliada a fotografia, notam-se as pedras partidas e em risco de cair.
As pedras da amurada começam a não estar em melhor estado.
Entrando nas instalações do forte, é a total desolação. Neste quarto que foi do faroleiro, o reboco caiu, o madeirame apodreceu.
A capela, cujos azulejos são tidos como referência, está assim.
Haverá seguramente, entre as entidades civis e as militares o que se denominam as autoridades responsáveis, as que, comumente não assumem a responsabilidade do que seja. E é este um de tantos exemplos da entrega à morte do que é vida da nossa História.